Conheça a nova arma do Exército brasileiro
O primeiro fuzil 100% brasileiro passou a ser produzido em Itajubá (MG). A arma é resultado de três anos de pesquisa da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), que é ligada ao Ministério da Defesa. O fuzil IA2, calibre 556, já foi aceito pelas Forças Armadas. A expectativa é de que sejam fabricadas 200 mil armas.
O novo fuzil, que pode ser semi-automático e automático, é mais leve, pesa pouco mais de três quilos. A arma também é mais precisa. Ele é capaz de atingir um alvo a 600 metros de distância e pode dar mais de 600 tiros por minuto.
Fuzil IA2 7,62 é homologado pelo Exército
O Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do Exército Brasileiro (EB) publicou a portaria DCT/C Ex N º 015, de 25 de fevereiro de 2021, homologando o relatório de avaliação do fuzil de assalto 7,62mm IA2 (Fz Ass 7,62 IA2), fabricado pela Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL), considerando-o CONFORME.
Durante o processo de avaliação o IA2 7,62 realizou testes e avaliações operacionais, inclusive estágios de fundamentos e uma simulação de condições especiais de combate, após emersão em água do mar. Este teste foi conduzido pelo Centro de Avaliações do Exército (CAEx), “Campo de Provas da Marambaia”, com a participação de militares do 1º Esquadrão de Cavalaria Pára-quedista (1º Esqd Cav Pqdt).
Características
O fuzil IA2 7,62 mm, fabricado pela IMBEL, possui as seguintes características:
- Comprimento: 920 mm;
- Comprimento com coronha rebatida : 670mm
- Calibre : 7,62x51mm
- Tipo de funcionamento: Semiautomático, Automático e Repetição;
- Peso (sem carregador e sem acessórios): aprox. 4 kg;
- Tempo de escoamento após submersão: 15 segundos;
- Cano: feito de aço forjado a frio;
- Empunhadura: feita de polímero;
- Posições de mira: 150 e 250 metros;
- Regulagem da mira: reguláveis manualmente no plano horizontal e também em altura, sem necessidade de usar ferramentas;
- Alcance: para o fuzil IA2 5,56 mm, o alcance é de 600 m.
Trilhos Picatinny : permite o acoplamento de diversos acessórios
Guarda-mão : com chapa defletora e isoladora de temperatura, permitindo redução do aquecimento na região da empunhadura durante a realização continuada de tiros.
Preço
O preço do fuzil IA2 varia de estado para estado. A estimativa é que o valor se aproxime dos R$ 13 mil reais. Quanto ao investimento feito pelas Forças Armadas no projeto, esse foi de aproximadamente R$ 50 milhões.
Fuzil IA2 versus M964 FAL
Uma das principais diferenças entre o fuzil IA2 e o M964 FAL é a melhora na ergonomia. A empunhadura diminuiu e agora é feita de polímero, o que permite que a mão segure a arma de maneira mais cômoda. Além disso, possui um guarda-mão com chapa defletora e que isola a temperatura. Isso impede a empunhadura de aquecer demais em caso de disparos contínuos. Com o M964 FAL, era possível fazer até 60 disparos sem aquecimento; o fuzil IA2 permite 200 disparos.
Outra vantagem do fuzil IA2, em relação ao M964 FAL, é ser 30 cm menor e 2 kg mais leve. Assim, após os disparos, a arma não sobe, e a precisão dos tiros é melhor. Sem contar que o fuzil IA2 é mais silencioso, pois seus aparelhos são fixos e provocam menos ruído. Sua coronha rebatível também permite melhor desempenho.
Por fim, uma das características mais elogiadas da arma é o fato de utilizar vários trilhos do tipo picantinny – tanto na caixa de culatra quanto no guarda-mão –, o que permite o uso de vários acessórios.
Acessórios
Entre os acessórios do fuzil IA2 estão:
- Lunetas;
- Miras Red Dot Sight (RDS) e holográficas;
- Intensificadores de imagem;
- Lanternas táticas;
- Lança-Granadas M203;
- Unidades de controle de tiro;
- Designadores a laser.
Críticas
Uma das principais críticas feitas ao fuzil IA2 foi o fato de não ter uma alavanca de manejo que seja solidária ao transportador do ferrolho. Isso obriga o soldado a desmontar e fazer a manutenção do fuzil durante o combate. Caso não seja viável fazer a manutenção ou limpeza, a arma pode não trancar corretamente, e isso pode levar a uma pane. Se isso ocorrer, o fuzil IA2 também não possui o chamado dispositivo “safa-panes”, o que torna a situação ainda mais complicada.
Outra questão observada em relação ao fuzil IA2 foi sua culatra deslizante, não fixa ao guarda-mão. Por essa característica, a arma não é apropriada para o uso de miras e equipamentos ópticos de precisão, nada efetiva para atiradores snipers. Por causa da força do movimento do ferrolho, a mira acaba sempre desajustada.
O eixo basculante de desmontagem permanece no mesmo lugar em que já estava posicionado no MD964 FAL, também dificultando a manutenção da arma, prejudicando o acesso ao gatilho, à trava e, além disso, a substituição de partes do corpo da arma (ao todo, 200 partes). Há fuzis que deslocaram o eixo para a frente do receptáculo do carregador, abaixo da junção entre o cano e o corpo. Assim, o ângulo de abertura da arma aumenta e os problemas são resolvidos.
Quanto à tecla seletora de tiro, possui um ângulo de 90º. No caso de fuzis moderno, esse ângulo passa a ser de 180º. Um ângulo mais aberto permite que o atirador mantenha a mão na empunhadura e acione a tecla sem esticar demais o dedo. Por fim, a alavanca que aciona o ferrolho continua mais adaptada a atiradores destros, pois fica do lado esquerdo do fuzil e não pode ser mudada de posição.
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É muito bom termos armas próprias fabricadas aqui no Brasil com a nossa inteligência e tecnologia. Vemos o que acontece com países dependentes de outras nações. Além de custar caro, pode ser negada, sabotada ou com um custo muito maior para adquirir. Temos que caminhar com as nossas próprias pernas e desenvolver em todos os setores bélicos a nossa tecnologia e deixar a dependência estrangeira e qualquer problemas de aquisição em caso de guerra. Caminhemos com os nossos narizes.