Para completar com sucesso suas missões, o Exército Brasileiro contam com unidades especiais que operam em situações de alto risco, há grupamentos preparados para atuar em diversos espaços e condições climáticas e o diferentes Biomas do Brasil, que requerem conhecimentos específicos. Nesse post vamos falar da Tropa de Guerra de Selva, os temidos Guerreiros de Selva, os Guerras!
Invadir a Amazônia e fácil, difícil e sair, e se sair, essa frase foi muito utilizada ultimamente por Militares conhecedores da imensidão da Floresta Amazônica e de uma das tropas mais temidas do mundo os Guerreiros de Selva. Toda essa mística ganha ainda mais força nas tropas quando se leva em consideração que elas têm uma composição muito forte de jovens oriundos de tribos indígenas e ribeirinhos tendo em vista a sua alta destreza natural no interior da mata conhecedores da Floresta como a palma da mão, além da formação militar de Guerra na Selva. os Guerras! Tudo pela Amazônia, SELVA!
CIGS
Em Manaus está localizado o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), também chamado de Centro Coronel Jorge Teixeira. O nome é uma homenagem ao seu primeiro comandante e precursor do CIGS, conhecido como Teixeirão. Trata-se de uma organização militar do Exército Brasileiro, onde os Guerreiros de Selva são treinados.
O CIGS foi criado por meio de decreto presidencial em março de 1964. Surgiu da necessidade de habilitar tropas a defender um terreno tão complexo e almejado quanto o amazônico. Porém, apenas em 1966 foi ministrado o primeiro Curso de Guerra na Selva.
Uma das atribuições dos Guerreiros de Selva é proteger as fronteiras da Amazônia, que se estendem por 11 mil quilômetros e sete países. Vários são os tipos de crime cometidos nessas áreas. Por exemplo, contrabando, tráfico de armas e drogas, extração ilegal de madeira e grilagem de terras.
Além disso, o CIGS também possui um zoológico, onde preservam animais em risco de extinção.
Curso de guerra na selva
O curso de Guerra na Selva é responsável por formar militares de diversas forças nacionais e internacionais que estarão aptos a atuar não apenas ocupando, mas defendendo a maior floresta do mundo.
O curso, que é considerado um dos melhores e mais difícil do mundo, tem a duração de 10 a 12 semanas e expõe os alunos a condições extremas em um ambiente totalmente hostil. Uma das principais dificuldades, principalmente para estrangeiros, é o clima muito quente e úmido.
Além disso, sendo um ambiente com uma das maiores biodiversidades do mundo, conta com a presença de vários animais perigosos, como: insetos transmissores de doenças endêmicas, aranhas e cobras venenosas.
As primeiras mulheres Guerreira de Selva formada no CIGS, em 2010 as Sargentos, Xavier (Elisângela Ferreira Xavier) e Lidiana (Lidiana Reinaldo Jiló da Costa), brevetadas pelo CIGS com a “cara da onça” são integrantes da aérea do Serviço de Saúde do Exército Brasileiro.
Além dos cursos oferecidos aos oficiais, também há os dois estágios aplicados no CIGS.
- Estágio de Vida na Selva e Operações: destinado a militares do Exército, demais Forças Armadas e Instituições Policiais.
- Estágio de Vida na Selva: destinado a órgãos civis que necessitam dos conhecimentos sobre a vida na selva para operar (por exemplo, a Petrobras e o Ibama).
Símbolos
Há quatro elementos principais que compõem a mística dos Guerreiros de Selva. O primeiro deles é o distintivo de Organização Militar. As cores utilizadas são o azul e o vermelho, e traz a sigla “CIGS”. Também apresenta o desenho de uma coroa de folhas de castanheira, de uma estrela gironada, que é o símbolo do Centro de Instrução, e da cabeça de uma onça pintada.
O segundo seria o brevê do Guerreiro de Selva, que se constitui de um escudo português, em cujo centro há a cabeça de uma onça. Acima dela, uma estrela gironada; aos lados, ramos de louro. É todo feito na cor cinza, com suporte de padrão camuflado, para ser afixado no uniforme. Há também um modelo feito em metal dourado sobre fundo aveludado verde, para aqueles que concluem os cursos do CIGS.
Em seguida, temos o chapéu bandeirante, de uso exclusivo dos combatentes que servem no CIGS ou em organizações militares na Amazônia. O chapéu tem um formato abaulado, reforçado por material plástico no centro e nas abas, o que protege contra espinhos. Na parte lateral, há uma abertura coberta por tela, que facilita a circulação de ar e pode ser usada como visor improvisado em operações com helicópteros.
Por fim, há o facão dos Guerreiros de Selva. Sua lâmina larga possui as inscrições “Guerra na Selva” e “CIGS”. O pomo da empunhadura do facão, feito de metal dourado ou escuro, tem o formato da cabeça de uma onça.
Oração do Guerreiro da Selva
Senhor!
Tu que ordenaste ao Guerreiro de Selva
Sobrepujai todos os vossos oponentes
Dai-nos hoje da floresta:
A sobriedade para persistir;
A paciência para emboscar;
A perseverança para sobreviver;
A astúcia para dissimular;
A fé para resisitir e vencer.
E dai-nos também, Senhor,
A esperança e a certeza do retorno
Mas se defendendo esta brasileira Amazônia
Tivermos que perecer, ó Deus!
Que o façamos com dignidade
E mereçamos a vitória!
Selva!
Leis da Guerra na Selva
1ª – Tenha iniciativa, pois não receberá ordens para todas as situações. Tenha em vista o objetivo final.
2ª – Procure a surpresa por todos os modos.
3ª – Mantenha seu corpo, armamento e equipamento em boas condições.
4ª – Aprenda a suportar o desconforto e a fadiga sem queixar-se e seja moderado em suas necessidades.
5ª – Pense e aja como caçador, não como caça.
6ª – Combata sempre com inteligência e seja o mais ardiloso.
Pesquisas
No CIGS, são realizadas diversas pesquisas sobre material de emprego militar e outros assuntos relacionados. A Divisão de Doutrina e Pesquisa (DDP) é a responsável por essas pesquisas. Os experimentos realizados pela DDP trouxeram muitos resultados positivos, não apenas para os Guerreiros de Selva, como também para outras unidades do Exército Brasileiro.
Um exemplo é a camuflagem padrão utilizada pelo Exército, desenvolvida para a atuação na selva. Outra contribuição da DDP é o aperfeiçoamento das armas empregadas nesse tipo de ambiente.
O DDP influencia também nas próprias estratégias dos Guerreiros de Selva. E nem sempre sua atuação envolve equipar os combatentes com aparatos tecnológicos e de ponta. No caso do GPS, por exemplo, foi exatamente o contrário.
Ao constatar que o sistema de orientação não funcionava corretamente na floresta, o Exército retornou ao uso de mapas e bússolas, restringindo o GPS somente aos casos mais essenciais – como numa evacuação médica. Insistir no uso da tecnologia apenas colocaria os Guerreiros de Selva em risco.
Além da ineficiência do GPS em ambientes de selva, outro desafio dos Guerreiros de Selva é a questão do transporte. Armamento, munição, equipamentos, itens de necessidade básica e inclusive as próprias tropas – tudo isso precisa ser movimentado pelo terreno amazônico, o que pode ser uma dificuldade em diversas situações.
A primeira tentativa de resolver o problema de forma eficiente e barata foi utilizar animais de carga. Muitas foram as tentativas, com várias espécies diferentes, até conseguirem adestrar o búfalo para servir como meio de locomoção.
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