O Dia do Soldado Desconhecido é celebrado no dia 28 de novembro.

Esta data tem como propósito de honrar a memória dos soldados que perderam as suas vidas lutando pelas suas pátrias, mas cujos corpos não foram identificados. Na ocorrência de uma guerra, é comum que alguns soldados que morrem em combate não sejam transportados para a sua terra natal para que seja organizado um funeral.

Desta forma, muitos países prestam homenagem a estes heróis anônimos através da construção de monumentos, que são muitas vezes conhecidos como “Túmulo do Soldado Desconhecido”. Muitos desses monumentos são simbólicos, porém alguns guardam os restos mortais de alguns desses soldados.

O primeiro memorial conhecido dessa categoria foi O Soldado do Campo, localizado em Fredericia, na Dinarmarca. A estátua de bronze foi construída em memória dos soldados que morreram no campo durante a Primeira Guerra Schleswig, em 1849. Apesar disso, a prática de condecorar os combatentes data de fato da Primeira Guerra Mundial, aconteceu no Reino Unido, quando em 1920 um guerreiro incógnito que faleceu combatendo durante a Primeira Guerra Mundial foi enterrado na Abadia de Westminster. Esta cerimônia teve como objetivo dignificar todos os soldados que deram a sua vida pelo Império Britânico.

No Brasil, o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, que se encontra no Rio de Janeiro, foi inaugurado em junho de 1960. Este monumento contém uma urna com restos mortais de soldados não identificados, que simboliza o Soldado Desconhecido.

TÚMULO DO SOLDADO DESCONHECIDO AO REDOR DO MUNDO

RIO DE JANEIRO, BRASIL

Localizado no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, capital, o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, também conhecido como Monumento aos Pracinhas foi projetado pelo comandante da Força Expedicionária Brasileira (FEB), o marechal Mascarenhas de Moraes. O monumento foi criado com o objetivo de enterrar os 462 corpos de soldados de origem brasileira que haviam sido sepultados na cidade de Pistoia, uma comuna italiana. As obras começaram em 1957 e duraram três anos.

Um ano depois da sua conclusão, os corpos foram trazidos em caixas particulares de zinco, encerradas em urnas de madeira. e transportados e depositados nos túmulos do mausoléu. Como o corpo de uma das criptas não foi identificada, ele passou a simbolizar o “Soldado Desconhecido” e foi depositado na base do Pórtico Monumental, que é “constituído de dois pilones com 31 metros de altura, tendo na parte superior uma placa de concreto aparente com 220 metros quadrados de superfície“.

O Monumento já foi visitado por importantes personalidades nacionais e internacionais, destacando-se: o Papa João Paulo II, a rainha da Inglaterra, Elizabeth II, e o presidente dos EUA, Jimmy Carter.

PARIS, FRANÇA

Na base do famoso Arco do Triunfo, um monumento construído para celebrar as vitórias militares de Napoleão Bonaparte, está enterrado um soldado francês que foi morto durante a Primeira Guerra Mundial. Sua lápide ficou conhecida como “Tombe du soldat inconnu” (Tumba do Soldado Desconhecido) e serviu/serve como uma homenagem a todos os franceses que lutaram e morreram durante a Primeira Grande Guerra.

BATALHA, PORTUGAL

Em 1921, os corpos de dois soldados não identificados originários de Flandres e da África portuguesa foram transportados para o Mosteiro da Batalha, Templo da Pátria, “representando os gloriosos mortos das expedições enviadas aos referidos teatros de operações e simbolizando o sacrifício heroico do povo português“. Portugal tinha uma “dívida sagrada” para com aqueles que faleceram durante os combates. É dever de todos nunca esquece dela, sempre lembrar do patriotismo dos soldados que já partiram. Uma curiosidade é que este local foi reconhecido como Patrimônio Mundial da UNESCO.

VIRGÍNIA, EUA

O Cemitério Nacional de Arlington é o mais emblemático do país norte-americano. Além de figuras internacionalmente conhecidas, heróis de guerra, aproximadamente 300 mil, também jazem lá. Destino turístico da cidade de Arlington, o cemitério recebe, “recebe cerca de quatro milhões de visitantes por ano”.

Para uma boa parte dos norte-americanos o Cemitério é um lugar sagrado da pátria. Milhões deles visitam o local para homenagear um ente querido ou parente que faleceu durante alguma das guerras que ocorrem no país. Para os turistas, um dos pontos mais interesses é o “Túmulo ao Soldado Desconhecido”, um monumento construído em nome dos oficiais que morreram cujos corpos não foram identificados.

Dentre os desconhecidos, estão soldados mortos na Primeira Guerra Mundial, na Segunda Guerra, na Guerra da Coreia e na Guerra do Vietnã. Seus túmulos são protegidos permanentemente por uma frota de soldados do Terceiro Regimento, “a velha-guarda” da Infantaria do Exército dos EUA”, que revezam a guarda com rigor e precisão treinada, atraindo muitos espectadores e admiradores.

LONDRES, REINO UNIDO

A Abadia de Westminster, consagrada em 1605, e palco de inúmeros casamentos reais, coroações e enterros, também é conhecida pela tradição quase centenária de homenagear os soldados britânicos. Como foi supracitado, o Túmulo do Soldado Desconhecido foi criado em 1920 inicialmente para o corpo de um soldado morto na Primeira Guerra Mundial que não foi reconhecido, mas “logo se tornou um local de prestar homenagens a todos os militares que morreram em combate pelo Reino Unido“.

As mulheres da família real devem, de acordo com a tradição, depositar o buquê utilizado na cerimônia do casamento um dia depois do evento. Esse costume teve início com a rainha-mãe, que após se casar com o futuro George VI, depositou o seu buquê no túmulo de seu irmão Fergus, que morreu durante a Primeira Guerra. A Rainha Elizabeth II, a falecida princesa Diana, a Duquesa de Cambridge, Kate Middleton, e a nova integrante da realeza, Megan Markle, agora Duquesa de Sussex, mantiveram a tradição ao longo dos anos.

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